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sábado, 11 de março de 2017

Versos de uma Vida [Poesia]



Adormeci em teu colo
Acordei,
Dei um beijo em teus perfumados seios
O beijo pegou, virou paixão
A paixão pegou, virou amor

O amor floriu embaixo dos lençóis, virou poesia
De versos apaixonados me extasiei 
Em êxtase em teu colo novamente me envolvi
Beijei outra vez teus perfumados seios
Adormeci em teu colo

Acordei, 
Embaixo dos lençóis nos amamos
O amor virou poesia
Em êxtase nos teus seios perfumados me envolvi 
Amei, beijei, 
Apaixonado me extasiei

Versos para você declamei
Teus seios perfumados acariciei
Tua boca beijei
O beijo pegou, virou paixão
A paixão pegou, virou amor
O amor brotou, virou poesia.
  

segunda-feira, 6 de março de 2017

Versos de uma Vida [Quintal]


Sabiás 
Bem-te-vis 
Joões-de-Barro  
Beija-flores 
Araras 
Tucanos
Rolinhas
Pardais
Borboletas
Joaninhas
Galinhas
Patos
Gansos
Pombos
Cachorros
Alegrias
Encantamentos
Felicidades
Chuva Fina

Assim é meu quintal,
Pomares
Plantas
Pássaros
Insetos
Brincadeiras
Uma rede na Varanda
Cadeiras de Balanço
Fogão de Lenha
Panelas de Ferro
Mesa Farta
Café Quente
Queijo Mineiro
Pão Caseiro
Canjica
Cural
Pamonha
Pé-de-Moleque 
Torresmo
Uma boa Prosa com os Amigos
Sonhos
Devaneios 
Canções Caipiras
Estórias
Alegrias
Encantamentos 
Felicidades
Chuva Fina

sábado, 4 de fevereiro de 2017

[Versos de uma Vida] - Tu, Eternamente minha...



Cada ser humano deve errar os próprios erros e acertar os próprios acertos,
Eu errei os meu erros e acertei os meus próprios acertos,
Tua acertaste os teus próprios acertos e erraste os teus próprios erros,
Em meio aos erros e acertos, nos amamos e nos odiamos.

Eu te enviei muitas rosas, você só percebia os espinhos,
Eu te dei centenas de beijos, você só recorda dos nãos,
Eu te enchi de presentes, você só lembra dos dias ruins,
Vivemos noites de muitos prazeres, você só recorda as discussões.

Vivemos dias muito alegres, você só lembra das tristezas,
Fizemos muitos amigos, hoje não temos nenhum,
Tivemos muita paz, hoje vivemos em guerra.

Cantávamos sob as chuvas, hoje vivemos trancados,   
Beijávamos sob o luar, hoje vivemos na escuridão,
Amávamos, hoje nos odiamos.

Assim fui eu, assim era você...
Assim sou eu, assim é você... 
Assim acertei eu, assim errou você...

Te amo mesmo assim...
Amor eterno da minha vida...
Tu, Eternamente minha...
Eu, Eternamente seu...


https://www.youtube.com/watch?v=Zow9H57Gplg



sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Versos de uma Vida [É Possível...]


É possível um menino ser corajoso e um guerreiro ser covarde,

É possível uma menina ser boa mãe e uma mãe adulta abandonar sete filhos,

É possível o povo de uma grande nação ser corrupto e alguns poucos aldeões serem todos honestos,

É possível uma grande nação democrática eleger um louco para presidente e uma pequena aldeia ser governada por um ditador sábio,

É possível um pai sustentar dez filhos e na velhice nenhum deles cuidar desse pai,

É possível um menino virar um gênio e um gênio ao envelhecer virar um tolo,

É possível um homem honesto virar desonesto e vários homens desonestos destruírem uma nação,

É possível... 


domingo, 22 de janeiro de 2017

Versos de uma Vida [Ninguém]

Estou morto...



Bisturi
Tesoura
Serra
Agulha
Barbante
Crânio serrado
Corte
Cérebro cortado
Entranhas expostas 
Sangue... Sangue... Sangue...
Sangue escorrendo
Cérebro nas entranhas 
Vômito 
Exames
Faces
Ouvidos 
Língua 
Nariz
Coração 
Pulmões 
Fígado 
Rins
Bexiga
Costura... Costura... Costura
Água 
Roupa
Madeira
Escuridão 
Cova
Vermes frenéticos 
Coração 
Cérebro 
Entranhas 
Corrosão 
Podridão 
Pó 
Poeira
Secura
Não sou mais...

sábado, 21 de janeiro de 2017

Versos de uma Vida - [Só]

MORRI!



Morri
Frio
Tétrico
Escuridão
Silêncio

Morri
Pessoas
Susto
Escuridão
Silêncio

Morri
Vermes
Vertigem
Escuridão
Silêncio

Morri

Poeira
Escuridão
Silêncio

Morri
Escuridão
Silêncio
Luzes
Vozes


Versos de uma Vida - [Tu]


Lamentos d'alma, 
Carregarei serenamente,

Dores de desamor,
Me desfalecem,  

Esperanças perdidas,
Sempre as terei,

Sofrências por ti,
Eternamente suportarei,

Desilusões d'amor,
Debilmente lamentarei,

Décadas d'amor perdidas por ti,
Navegarei perenemente, 

Nãos recebidos de ti,
Todos lembrarei e guardarei,
Nunca retribuirei, 

Imagens tuas em minha memória,
Transmutarei imortalmente, 

Teu rosto nunca esquecerei,
Tuas mãos em memória afagarei,
Teus lábios em imaginação beijarei,
Teu sorriso com meus dedos afagarei,

Sem alento viverei,
Em espectro d'homem tornarei,
Meu amor sempre teu será,
Saiba sempre,
Eternamente.


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

DIVULGAÇÃO - Meio Ambiente - Medicina tradicional asiática ajuda a retirar caça ilegal de onça na Amazônia


Medicina tradicional asiática ajuda a mover caça ilegal de onça na Amazônia

Luis Kawaguti
Da BBC Brasil em São Paulo

Onças do do Parque Nacional Madidi, na Bolívia, estão sendo alvo de caçadores e contrabandistas




Caçadores ilegais estão abatendo onças na região da Amazônia boliviana para traficar suas presas - usadas em supostos tratamentos de medicina tradicional asiática ou como amuletos. Contrabandistas pagar a caçadores até US$ 100 (R$ 340) por dente.


Autoridades suspeitam que o crime também ocorra em mais países sul-americanos, inclusive no Brasil.

Na Bolívia foram apreendidos 262 dentes entre 2014 e 2016. Para autoridades locais, isso significa que ao menos 65 felinos foram abatidos ilegalmente no período - pois cada um possui quatro presas grandes. Ativistas da ONG boliviana Fobomade dizem que o número pode ser maior.

O governo boliviano diz que o fenômeno não é novidade na Região Amazônica e que o grande número de casos registrados no país seria fruto de campanhas nacionais para prender traficantes de animais e conscientizar a população. 

Embora não tenha havido apreensões desse tipo no Brasil até agora, o Ibama diz suspeitar que caçadores e contrabandistas ligados ao tráfico de dentes de onça para o mercado asiático operem no país. No Suriname, ao menos dois casos suspeitos foram registrados. 


Anúncios nas rádios



                                        

Presas de onça são compradas por US$ 100 por contrabandistas na Bolívia, segundo autoridades locais



Na Bolívia, as onças são chamadas de jaguares, na tradução do espanhol.

Elas não são caçadas diretamente pelos contrabandistas. Segundo a DGBAP (Direção Geral de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Bolívia) e a Fobomade, indígenas e camponeses que moram na região da floresta são aliciados para abater os animais.

Por vezes, para chegar a esses caçadores locais, contrabandistas pagam por anúncios em emissoras de rádio de cidades pequenas, localizadas próximo à floresta amazônica. Os anúncios indicam um endereço onde eles podem ser vendidos.

"Os contrabandistas fazem isso por um dia e depois mudam de domicílio, então fazem (o anúncio) em outro lugar e mudam de domicílio de novo. É uma máfia", diz à BBC Brasil Teresa Peres, chefe da DGBAP.

"O que mais se detectou é que os compradores são de procedência asiática", disse ela.

Segundo ela, em uma das operações mais bem sucedidas do órgão, agentes da DGBAP e policiais se disfarçam de vendedores de dentes e se apresentam em um local indicado pela propaganda do rádio. Isso ocorreu em maio deste ano em Rurrenabaque, cidade próxima ao Parque Nacional de Madidi, uma das maiores reservas florestais da Bolívia.

Dois suspeitos de cidadania chinesa foram detidos com diversos dentes de onça pelos agentes disfarçados.

Esse tipo de ação policial continua ocorrendo, assim como fiscalizações nas florestas, segundo Peres. Mas uma boa parte das apreensões ocorre durante inspeções de pacotes nos correios da Bolívia.

Isso porque, para tentar evitar prisões em flagrante, os criminosos enviam os dentes e ossos para outras cidades ou países pelo correio.
Afrodisíaco

Autoridades e ativistas suspeitam que onças estejam sendo abatidas na América do Sul em um processo similar ao que ocorreu com tigres no sudeste da Ásia.

O uso de partes de tigres para tratamento medicinal foi muito comum no passado, mas a prática foi banida pela maioria das associações e federações de medicina tradicional da Ásia na década de 1990. Embora a medicina tradicional chinesa seja um dos ramos mais conhecidos no ocidente, quase todas as nações do leste e sudeste do continente possuem suas próprias correntes.

De acordo com Reginaldo Filho, diretor da Ebramec (Faculdade Brasileira de Medicina Chinesa), ossos e dentes de grandes felinos eram geralmente usados na medicina tradicional chinesa para fortalecer o corpo humano e tratar dores. O órgão sexual do animal era usado no preparo de fórmulas ligadas à fertilidade.

"As pessoas dizem afrodisíaco, mas a medicina chinesa fala em fortalecimento. Você vai encontrar esses ingredientes em livros históricos de medicina, mas eles não são mais usados. Hoje combinamos dois ou três ingredientes para chegar a um resultado similar", disse ele.

"Se alguns ainda usam partes de tigres, acredito que isso esteja mais relacionado a esoterismo ou misticismo local, isso não é medicina", afirmou.

Preocupação

                                        

Autoridade do Ibama diz que legislação que pune comércio ilegal de animais silvestres é branda


Autoridades brasileiras dizem estar preocupadas com o assunto.

"Por causa dessa superstição infundada já eliminaram a maior parte da população de tigres do sudeste da Ásia. Agora (traficantes de animais) estão se voltando para felinos de outros países", afirmou à BBC Brasil o chefe das operações de fiscalização do Ibama, Roberto Cabral.

Mas estatísticas que liguem o abate de onças a práticas supostamente medicinais são escassas na América do Sul.

"Nós não pegamos um caso concreto no Brasil, mas existe uma grande possibilidade de que isso esteja ocorrendo", afirmou Cabral.

A ONG internacional Traffic - que investiga o tráfico ilegal de animais no mundo - afirmou já ter coletado indícios de que onças poderiam estar sendo mortas com esse propósito na Guiana e no Suriname. Em 2015, a entidade diz ter monitorado dois casos concretos no Suriname - e em ao menos um, cidadãos chineses foram investigados pela polícia local.

"Obviamente a existência de um comércio aparentemente irregular de partes de onças na Amazônia Sulamericana é uma causa de preocupação e precisa de uma investigação para determinar sua escala e o impacto que pode estar tendo nas populações de onças na região", afirmou à BBC Brasil Richard Thomas, um dos porta-vozes da organização.

Teresa Peres, do órgão ambiental do governo boliviano, afirmou que essa prática ocorre há muito tempo na Amazônia.

"Desde o momento em que se faz um controle rigoroso, a estatística sobe. Esse tema de tráfico não é recente", disse.

Também não é possível saber extamente se todos os dentes e ossos de onças apreendidos seriam usados em praticas medicinais. Isso porque garras, presas e peles também são usados como amuletos e itens de decoração.

"O Estado Plurinacional da Bolívia está colocando todos os esforços e tudo o que está a seu alcance para preservar o ecossistema", disse Peres.

O ativista Daniel Manzaneda, da Fobomade, afirmou que o aumento da procura por dentes de onça pode estar relacionado à entrada recente de cidadãos de países asiáticos na Bolívia - relacionada a grandes investimentos chineses na região.

Peres disse porém que não haveria dados concretos que permitam fazer essa relação.


                                     

A Cabeças  de onças, maior apreensão de onças abatidas no Brasil ocorreu em setembro, na cidade de Curionópolis, no Pará.


O Brasil registrou 42 apreensões de partes de onças nos últimos cinco anos, segundo o Ibama.

Segundo Cabral, a maior parte dos casos está relacionada à expansão agropecuária no Brasil, que tem causado a fragmentação do habitat natural das onças.

No norte do país, as onças pintadas acabam abatendo animais de rebanhos bovinos em criações extensivas. "Os fazendeiros não toleram perder seus animais para as onças", afirmou. Eles contratam então caçadores para abatê-las.

Também é comum o abate por madeireiros que operam na selva, segundo o delegado Marcos Lemos, da Delegacia de Combate a Crimes Contra a Fauna e Flora do Pará.

"Quando encontramos acampamentos ilegais (de madeireiros) há animais abatidos de todos os tipos. As onças são mortas por causa do couro, que é vendido a colecionadores", disse.

Mas a maior apreensão de todos os tempos ocorreu no último mês de agosto, em Curionópolis, cidade próxima da selva amazônica no Pará. Ela não está relacionada à pecuária ou madeireiros, mas ao tráfico de animais.

Um único caçador foi encontrado com partes de 16 onças, duas suçuaranas e uma jaguatirica. Ele mantinha cabeças, crânios e patas em um refrigerador. Recebeu multa de R$ 460 mil por matar, mutilar e armazenar os animais - além de ser preso devido a uma investigação sobre posse ilegal de armas e crimes ambientais.

Tática

                                        

Caçadores usam cães para encurralar onças em árvores e abatê-las a tiros


Os safáris clandestinos são outra modalidade de abate. Segundo o delegado da Polícia Federal Mário Nomoto, quadrilhas promoviam safaris no Pantanal - onde é mais fácil enxergar as onças do que na fechada selva amazônica.

"Caçadores internacionais pagavam grandes montantes de dinheiro para caçar onças por diversão", disse.

O policial afirmou que sucessivas operações da polícia praticamente acabaram com esse tipo de crime, mas a fiscalização continua.

Ele explicou ainda que caçadores que operam no Brasil têm uma tática específica: eles usam um instrumento que reproduz o rugido das onças para atraí-las.

Depois soltam um grupo de cães para rastrear a onça e forçá-la a subir em uma árvore - onde se torna um alvo fácil para disparos de armas de fogo.
Leis

A legislação local é crucial no combate à caça ilegal, segundo autoridades.

Segundo Teresa Peres, na Bolívia, suspeitos estão sendo processados com base em uma lei que prevê de um a seis anos de prisão para esse tipo de crime.

No Brasil, segundo Roberto Cabral, a legislação prevê penas em torno de seis meses a um ano de prisão. Em muitos casos a punição é uma multa e a prisão acaba sendo convertida em penas alternativas.

"Por causa da fragilidade da legislação conseguimos identificar os caçadores, mas muitos continuam na ativa", disse o chefe de fiscalização do Ibama. 


BBC BRASIL

sábado, 10 de dezembro de 2016

Haragano

HARAGANO

Popularmente dito no Rio Grande do Sul, Vento Haragano refere-se ao vento que sopra do norte, trazendo chuva e prosperidade às plantações. Haragano diz-se também do cavalo que dificilmente se deixa lidar, indomável, mandrião, vadio, velhaco, xucro.





O crioulo é uma raça de cavalo brasileira. É originário dos animais de sangue andaluz e berbere, introduzidos no continente americano pelo aventureiro espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, nos primeiros anos após o descobrimento do Brasil, e também pelos padres jesuítas, Cristóvão de Mendonça e Pedro Romero, em localidades, onde hoje é o Rio Grande do Sul, em 1634.








Equus africanus asinus é uma subespécie de mamíferos perissodáctilos cujo nome popular é asno ou burro, jumento, jegue, jerico ou ainda asno-doméstico. Utilizados pelos homens como animais de carga e montaria. No Brasil, o termo "burro" pode designar não a espécie Equus africanus asinus, mas o cruzamento entre essa espécie e a Equus ferus caballus (cavalo) quando resulta num animal de gênero macho, aquilo que em Portugal se designa como "macho"; quando esse mesmo cruzamento resulta num espécime fêmea, é designado como "mula".










O cabresto é uma espécie de arreio feito de corda ou couro, mas que no entanto não possui freio ou embocadura, servindo para controlar a marcha de animais como o cavalo, por exemplo.













Feitor: capataz; aquele que supervisionava o trabalho escravo.










Senhor de Engenho: figura central do seu grupo familiar; escravocrata que determinava as funções que cada grupo da casa grande devia desempenhar.






Os grilhões foram utilizados desde tempos imemoriais para impedir os presos de se movimentarem livremente, de tal forma que passaram a simbolizar a opressão, como se pode ler no Hino nacional da França, no Hino da Independência do Brasil ou no Manifesto Comunista. Os grilhões foram utilizados para o transporte de escravos, nas galés para manter os remadores (muitos condenados) no seus bancos, e quando os presos se tinham de movimentar foras das prisões ou penitenciarias.












O engenho colonial brasileiro era a unidade de produção de açúcar no Brasil Colonial. Compreendia as terras cultivadas, instalações voltadas para a produção de açúcar e moradias. Eram propriedades dos senhores de engenho, ricos proprietários rurais que produziam açúcar para a exportação. Utilizavam mão de obra escrava vinda da África.








A Carta de Alforria era um documento cedido a um escravo por seuproprietário. Era um tipo de “atestado” de liberdade em que o proprietário abdicava dos seus direitos de posse sobre o escravo. Este último, após a Alforria, era chamado “negro forro”. O nome “Alforria” não era usado somente no Brasil, mas em todas as colônias portuguesas que adotaram o regime escravista. Ele vem do árabe, em que a expressão pronunciada como “Al Horria” quer dizer “A Liberdade”. Existiram dois tipos de Carta de Alforria: as pagas e as gratuitas. As cartas pagas geralmente eram feitas a prestação, por interesse dos proprietários. Assim, se o negro forro não pagasse uma prestação, voltava a condição de escravo. Outros meios utilizados para quitar a dívida eram pegar empréstimos (com amigos, familiares, instituições benfeitoras ou bancos), trabalhar por conta própria (geralmente vendendo na rua produtos que variavam entre bolos e doces, ou prestando serviços de barbeiro, carregador de peso, sapateiro, etc), pedir a um benfeitor que pagasse sua dívida em troca de um tempo determinado de trabalhos gratuitos ou os estranhos casos de troca, em que o escravo que recebia a alforria dava ao seu senhor um outro escravo para trabalhar em seu lugar. As cartas gratuitas libertavam adultos e geralmente os reposicionavam como empregados do seu não mais proprietário. Deste modo, libertava-se um escravo e ganhava-se um trabalhador assalariado com uma carga horária diária pré definida. Também era comum a libertação de crianças e a promessa de educá-las e criá-las por partes do senhores. O momento histórico que registra a emissão de cartas de alforria gratuitas é importante porque mostra uma mudança de mentalidade na “alta sociedade” da época. 



O vento que soprará em Brasília, em 2017, poderá representar uma tempestade ou mesmo um vento haragano, apaziguador, propenso a novas e prósperas plantações, ou, em alguns momentos, tempestades violentas, como cavalos xucros, que mudam de direção sem aviso prévio, derrubando cavaleiro e atropelando quem estiver próximo. No caso de Brasília os cavaleiros, simbolizados por cavalos Crioulos, nunca, jamais, caem. O povo, esse porém é sempre atropelado. 







Neste contexto o Povo Brasileiro poderá ser representado, semelhantemente, muito simbolicamente, em um simbolismo extremista, data maxima venia, sem ofensas ou constrangimentos, por um asno puxado por um cabresto. Os políticos brasileiros, simbolizados por cavalos crioulos, poderão ser representados por um senhor de engenho ou em alguns momentos por um feitor, e Brasília será sempre um imenso engenho ou grande feitoria.



As leis brasileiras, que haverão de ser aprovadas em 2017, poderão ser representadas, tanto por grilhões, como por Cartas de Alforria. Grilhões são peças mais fáceis de construir, constroem-se aos milhões. Cartas de Alforria, são documentos muito difíceis de serem elaborados ou merecidos aos olhos de quem os redige.   










Brasília será sempre um imenso Engenho.



Os Estados brasileiros sempre imensas galés. 



O Povo do Brasil escravos perpétuos.
































segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Discurso COMPLETO de Martin Luther King - Eu tenho um sonho (I Have a Dream) Legendado em Português





Eu tenho um sonho
I have a dream

Martin Luther King Jr.


"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.

Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.

De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".

Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.

Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.

E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"

Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.

Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.

Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."